Uma conversa com Daniel Arroyo, Gerente de Treinamento
Como você descreveria seu trabalho em um minuto?
Sou responsável pela criação de conteúdo que permite que a equipe de operações aprenda por meio de nossa plataforma de eLearning dedicada. Minha função também é criar materiais de apoio para ajudar a explicar como realizar determinadas tarefas ou definir os parâmetros nos quais precisamos trabalhar.
Planejo sessões de treinamento semanais para manter nossos colegas informados sobre as últimas atualizações e tendências de nossos produtos e clientes. Essas sessões são principalmente sobre tópicos técnicos, mas, ocasionalmente, também compartilhamos informações sobre novos padrões e políticas de qualidade. A função é global e, embora eu esteja na Costa Rica, viajo para a sede do Reino Unido ocasionalmente, pois a interação face a face ajuda a manter as relações de trabalho em seu melhor nível.
Conte-nos mais sobre sua experiência
Fiz meu estágio em uma empresa de refrigeração industrial. A área de fluidos térmicos sempre me interessou. Gosto de tudo o que tem a ver com o estudo de gases e líquidos e como eles se comportam. Então surgiu uma oportunidade na Atmos. Trabalhei no departamento de projetos por seis anos - especificamente, quatro como engenheiro de projetos e dois como engenheiro de projetos sênior. Em seguida, tornei-me gerente de treinamento.
Qual é a sua maior conquista até hoje - pessoal ou profissional?
Em nível pessoal, tenho orgulho da maneira como minha esposa e eu planejamos certos marcos e de tê-los cumprido. Podem ser coisas como nosso casamento e a construção de nossa casa. Visto de fora, eles podem ter parecido complicados ou incertos, mas eram grandes tarefas e sabíamos que estavam chegando, por isso começamos a nos preparar para elas com bastante antecedência. Acho que as realizamos da maneira correta e estamos felizes com os resultados. No entanto, se as coisas não tivessem saído conforme o planejado, eu estaria igualmente feliz - às vezes é preciso ter calma consigo mesmo também.
Em nível profissional, posso mencionar dois. Uma foi a construção da confiança de um cliente no uso do Atmos Theft Net. Na época, não havia histórico de implementação de um serviço de detecção de furto na América Latina - a maioria dos nossos resultados vinha do Reino Unido e da Europa. Começamos praticamente do zero e configuramos o sistema diretamente para as necessidades deles.
Quando os testes cegos de campo para comprovar a confiabilidade do serviço foram realizados, fornecemos a eles o local correto de todos os furtos simulados e eles descobriram que o sistema atendia às suas expectativas. Obtivemos resultados ainda melhores durante o comissionamento, quando os ajudamos consistentemente a encontrar um ponto de escuta após o outro, apesar dos esforços dos ladrões para esconder seus rastros. Isso nos levou a construir um relacionamento ótimo.
Um exemplo mais recente foi a criação do curso de treinamento on-line do Atmos Pipe que os novos engenheiros fazem quando entram na Atmos, além de produzir toda a documentação de práticas recomendadas para o Atmos Pipe. O tópico era imenso, portanto, foi um grande desafio selecionar as informações essenciais para um iniciante. No entanto, eu me coloquei no lugar de alguém novo no Atmos e no Atmos Pipe e obtive feedback de muitos colegas brilhantes, antigos e novos. Sinto-me satisfeito por termos criado uma sólida plataforma de treinamento para o futuro.
Como é um dia típico para você e no que está trabalhando atualmente?
Normalmente, tento me organizar no início da manhã e priorizar meu trabalho. Se eu precisar discutir algo com algum dos meus colegas do escritório do Reino Unido, farei isso primeiro, pois eles estão cinco horas à nossa frente e o dia deles está chegando ao fim quando estamos começando. Depois, meu dia se divide entre dar suporte aos colegas sobre diferentes tópicos e desenvolver novos conteúdos de treinamento para nossos produtos. Atualmente, estou trabalhando no treinamento do Atmos SIM. Tento reservar um tempo para me concentrar totalmente no conteúdo dos programas de treinamento, mas, invariavelmente, estarei à disposição para ajudar os colegas sempre que precisarem.
Quais são as três palavras que você usaria para descrever seu trabalho?
A primeira é interativa. Converso com muitas pessoas em muitas funções, como os especialistas em produtos que me ajudam a definir os padrões ou a criar o material de treinamento. Falo com pessoas de todos os departamentos e isso, para uma pessoa que gosta de socializar, é muito agradável.
A segunda é analítica. Ao criar padrões, é importante ir além e não ficar apenas com o conceito, mas ser claro na lógica por trás dele. As pessoas precisam conseguir perguntar por que algo é feito de uma determinada maneira e sempre obter uma resposta sensata. As práticas recomendadas são mais bem-sucedidas quando a lógica por trás delas é clara para as pessoas que precisam aplicá-las.
A terceira é divertida porque adoro fazer esse trabalho. Quando eu era engenheiro de projetos, gostava de passar o tempo analisando como as coisas funcionavam e entendendo por que elas eram como eram. Também gostava de treinar novos engenheiros. Agora, neste cargo, fazer isso se tornou a parte principal do meu trabalho, o que é empolgante.
Se você pudesse trocar de emprego com alguém, quem seria?
Eu gostaria de assumir um cargo público, talvez um ministro. Para ver como mudar as coisas e entender os desafios que existem na mudança efetiva da sociedade.
O que você gostaria de alcançar nos próximos cinco anos?
Em nível profissional, seria ter as melhores práticas e cursos de treinamento para todos os principais produtos e serviços da empresa. Talvez o desafio seja o fato de haver muitos produtos e estarmos constantemente aplicando novas ideias ao nosso portfólio e pensando nas necessidades de nossos clientes e nas oportunidades em novos mercados. Em nível pessoal, eu gostaria de fazer um mestrado, mas há muitos assuntos que me agradam. Preciso reduzi-las e decidir logo.
Se você pudesse escolher alguém, quem seria seu mentor?
Acho que Sam Walton (fundador do Walmart) é um bom exemplo, ele conseguiu construir algo grandioso com uma política de tratamento adequado dos funcionários e criou uma cultura muito boa ao seu redor.
Se você pudesse voltar e falar com você aos 16 anos, o que diria a si mesmo?
Eu diria a ele que o torna diferente é o que o ajudará a se destacar. Não tenha vergonha das coisas que o tornam único. Sua singularidade é sua força.
O que você mais gosta em seu trabalho?
Isso me permite ir além, em termos de aprender muitas coisas. Também tenho a chance de interagir com muitas pessoas.
Que conselho você daria aos novos participantes recentes?
Sempre exiba seus sinais escalonados no Atmos Trend (uma piada de engenheiro)! Falando sério, nunca tenha medo de perguntar como e por que as coisas são feitas do jeito que são. O uso dessa abordagem leva a duas coisas: um método pode ser aprimorado ou você entenderá melhor por que precisa seguir esse processo. Os padrões são mais fáceis de seguir quando você entende como e por que eles existem.
Você tem um lema ou mantra pessoal?
Tudo exige tempo e esforço. Por exemplo, no aprendizado, há três partes principais: primeiro é ter o desejo de aprender, depois entender os conceitos e, por fim, a parte prática. Muitas coisas acabam sendo internalizadas somente na parte prática, que se estende por meses ou até anos. Quando estou criando conteúdo de treinamento, esse mantra me ajuda a selecionar o que é importante, pois me lembra que tentar listar em uma lição introdutória todos os prós e contras que reunimos em anos de experiência não é uma abordagem eficaz.
Você tem um blog ou site favorito que segue?
Passo grande parte do meu tempo livre tentando entender a maneira como nos comportamos como sociedade e como humanidade em geral. Portanto, as ciências sociais chamam minha atenção. Às vezes, ouço o podcast Ask Big Questions, de Bill Gates e Rashida Jones. Também gosto de um programa chamado Pasajes de la Historia, de um historiador espanhol chamado Juan Antonio Cebrián. No YouTube, gosto de um canal chamado VisualPolitik.
Qual é o seu país favorito para visitar?
Gosto da Itália - já estive lá duas vezes. Acho que é um país muito bonito, tanto no aspecto histórico quanto na natureza. As pessoas também são muito simpáticas. Planejei ir ao Japão no ano passado, mas devido à COVID, tive que adiar minha visita por um tempo. A Tailândia também me atrai muito. Quem sabe quando viajaremos novamente, mas espero que em breve.